domingo, março 25, 2012

O ISLÃ A RELIGIÃO DA PAZ




Basta ouvir a palavra "Islã", ou "Islamismo" , para que toda uma série de idéias -no mínimo controvertidas, em geral francamente negativas -venha à mente.
Conceitos como fanatismo, intolerância e atraso são bastante comuns a este respeito. O Islã é, sem dúvida, a mais discutida e mal compreendida  de todas as religiões, em particular pela cultura ocidental. 
Mas, a despeito de ter nascido no exílio e em meio à luta -o muçulmano acredita que a alma em busca da paz e do divino tem de lutar -e mesmo sendo inegável acrescente "desespiritualização" e consequente politização dos países que compõem o Dar el-Islam (o mundo muçulmano) de alguns anos para cá, com a carga de radicalismo e de violência que isto inevitavelmente acarreta, o Islã é primordialmente uma religião de paz, que defende recurso à guerra apenas em última instância -e isto para assegurar que a paz prevaleça no final e que a comunidade como um todo tenha um mínimo de segurança.
A maior parte dos muçulmanos desaprova a violência  dos grupos militantes.  O significado original de Islã é "submissão" (ao divino) e paz.  (Salem, paz, deriva da mesma raiz de lslam na língua árabe).
É nesse sentido que a palavra é repetidamente citada no Corão, a Escritura  sagrada dos muçulmanos, por eles considerada "Palavra de Deus!
Além disso, seu cumprimento cotidiano é As-salamu Ualeikum, que quer dizer "A Paz esteja convosco".
Se o Islã propõe a paz por que essa visão tão distorcida?
Durante a Segunda Guerra Mundial, os judeus foram severamente  perseguidos pelos nazistas. Cerca de seis milhões de homens, mulheres e crianças, de origem judaica, foram mortos pelos alemães em campos de concentração.
Terminada a guerra  foi reavivada a reclamação  de criação de um Estado para o povo judeu no Oriente Médio.  Esta reivindicação data de 1897, quando surgiu na Europa o movimento sionista de retorno à Palestina.
Com o fim da guerra,   após o Holocausto, os líderes sionistas intensificaram sua luta  para criar um país independente e facilitar a imigração de judeus do mundo todo para a Palestina. O estado de Israel foi criado em 1948 com o apoio dos EUA e da ONU. O apoio norte-americano justifica-se por razões de ordem interna. Há nos EUA uma população de origem judaica muito grande que para lá imigraram no século XIX (seis milhões de judeus). Existia uma pressão interna para que o governo norte-americano defendesse a criação do Estado de Israel. Ocorreu que a criação de Israel em 1948 chocou com o interesse de muitos países como Egito, e palestinos.
Alem disso, o governo israelense adota uma política de segregação para com o povo palestino gerando ódio e um caldo de revanchismo nacionalista-religioso.
Desde aquela data ocorreram guerras entre os israelenses e os países árabes e um sem número de conflitos menores envolvendo judeus e árabes ou judeus e palestinos com a participação militar dos EUA ao lado dos israelenses. O apoio norte-americano ao estado de Israel atraiu o ódio de grupos radicais contra dos EUA devido a sua política externa de apoio a Israel. Esse sentimento de xenofobia antiamericana mistura-se com nacionalismos religiosos gerando rancor e atos terroristas como o que ocorreu em 11 de setembrode 2001.