segunda-feira, outubro 05, 2009

1989 - PARTE DOIS: TINHA UM MURO NO MEIO DO CAMINHO




A queda do Muro de Berlim

Na madrugada de 9 de novembro de 1989, os cidadãos berlinenses recuperaram sua cidade. Nessa noite, caiu o muro de Berlim, marco da bipolarização que durante 28 anos dividiu não só a cidade, mas também famílias e ideologias.
Os antecedentes
Com o fim da Segunda Guerra, a Alemanha e sua capital foram repartidas em quatro zonas de ocupação (Conferência de Potsdam). Em 1948, a União Soviética impôs o bloqueio de Berlim, encravada em sua zona. Depois desse incidente, em 1949 surgiram as Repúblicas Federal da Alemanha (Ocidental, capitalista) e Democrática Alemã (Oriental, socialista). Os setores britânico, americano e francês de Berlim formavam Berlim Ocidental; o setor soviético constituía Berlim Oriental. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
Os 'ventos de liberdade'
Os 'ventos de liberdade' vindos da União Soviética repercutiram no Leste europeu. Quando a Hungria abriu sua fronteira com a Áustria, permitindo o livre acesso ao mundo capitalista, os alemães orientais se entusiasmaram. Com o anúncio da abertura das fronteiras da RDA, os alemães destruíram efusivamente o marco da bipolarização entre soviéticos e norte-americanos. A queda do muro de Berlim simbolizou o fim da Guerra Fria e o início do processo de unificação da Alemanha. Em julho de 1990, veio a integração econômica: o marco alemão se transformou na moeda única das duas Alemanhas. Na noite de 2 de outubro de 1990, os alemães finalmente comemoraram a integração da RDA e da RFA em uma só Alemanha, capitalista e membro da OTAN.

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