Em 1959 teve início a Revolução Cubana.
Cuba foi a última colônia hispano-americana a conquistar sua independência Mesmo assim, sua emancipação política resultou de uma guerra entre os Estados Unidos e a Espanha, em 1898. Os cubanos apenas substituíram os antigos senhores pelos norte-americanos. Basta dizer que a constituição cubana incluiu uma lei aprovada pelo Congresso americano a Emenda Platt que estabelecia, entre outras coisas, que:
1) governo de Cuba nunca deveria ingressar em qualquer tratado ou outro pacto estabelecido com qualquer potência estrangeira;
2) que o governo de Cuba deveria permitir que os Estados Unidos exercessem o direito de intervir no sentido de preservar a independência do país;
3) que todos os decretos dos Estados Unidos em Cuba durante sua ocupação militar deveriam ser ratificados e validados.
Essa postura dos Estados Unidos enquadra-se no âmbito do Corolário Roosevelt que tinha por slogan a expressão "Big Stick Policy" adaptada da frase original: “Speak softly and carry a big stick", adotada pelo presidente Theodore Roosevelt e também foi responsável pela dependência do país ao capitalismo norte-americano.
Após vários anos de subserviência aos Estados Unidos, com governos militares articulados com interesses imperialistas, em 1933 chegou ao poder através de um movimento popular com o apoio dos comunistas, o Dr. Ramón Grau San Martín. O novo governo revogou a Emenda Platt; formou o Ministério do Trabalho; concedeu o direito de voto às mulheres e deu autonomia às universidades.
A oposição ao governo progressista de San Martín foi encabeçada pelo sargento Fulgêncio Batista, mais tarde eleito presidente de Cuba, representando os interesses norte-americanos. A longa ditadura de Batista foi interrompida em 1944, quando o Partido dos Autênticos reelegeu San Martín, e em 1948, quando Prio Socarrás tornou-se presidente, sendo deposto pelo próprio Batista.
A ditadura de Batista teve a resistência do Partido Ortodoxo, agremiação política que defendia reformas sociais e econômicas, a democracia e o nacionalismo. Um de seus membros era um jovem advogado chamado Fidel Castro que, com outros ortodoxos, estava convencido de que a democracia cubana somente seria restaurada através de uma revolução. Uma primeira tentativa de derrubada da ditadura de Batista ocorreu em 26 de julho de 1953. Desse golpe poucos sobreviveram, entre eles Fidel e seu irmão Raul Castro. Fidel Castro, condenado a 19 anos de trabalhos forçados, permaneceu preso até 1959, quando foi anistiado e exilou-se no México.
Nessa época, aguçavam-se as contradições da ditadura e a burguesia açucareira latifundiária sentia os efeitos do alinhamento de Cuba aos Estados Unidos no contexto da guerra fria. Essa situação levou a burguesia do açúcar a se aproximar do movimento dos guerrilheiros, ampliando o arco de oposição a Batista e resultando no Manifesto de la Sierra Maestra, assinado em 15 de março de 1957.
A formação da Frente Cívico-Revolucionário Democrática, com a presença da burguesia cubana que defendia um projeto nacionalista e a propriedade privada, viabilizou a luta armada contra Batista. Em janeiro de 1959, Havana foi tomada pelos revolucionários liderados por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, após a marcha iniciada em outubro do ano anterior.Com a queda da ditadura de Batista, após uma fase reformista e moderada, os revolucionários iniciaram a construção de uma nova sociedade de natureza igualitária, sem propriedade, socialista, baseada na ditadura do proletariado. Para saber mais clique aqui.
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