sexta-feira, setembro 25, 2009

1959.. no Caribe.... Sol e a Revolução....


Em 1959 teve início a Revolução Cubana.

Cuba foi a última colônia hispano­-americana a conquistar sua independência Mesmo assim, sua emanci­pação política resultou de uma guer­ra entre os Estados Unidos e a Es­panha, em 1898. Os cubanos apenas substituíram os antigos senhores pe­los norte-americanos. Basta dizer que a constituição cubana incluiu uma lei aprovada pelo Congresso america­no a Emenda Platt que estabelecia, entre outras coisas, que:

1) governo de Cuba nunca deveria ingressar em qualquer tratado ou outro pacto estabelecido com qualquer potência es­trangeira;
2) que o governo de Cuba deveria permitir que os Estados Unidos exercessem o direito de intervir no sentido de preservar a independência do país;
3) que todos os decre­tos dos Estados Unidos em Cuba durante sua ocupação militar deveriam ser ratificados e validados.

Essa postura dos Estados Uni­dos enquadra-se no âmbito do Corolário Roosevelt que tinha por slogan a expressão "Big Stick Policy" adaptada da frase original: “Speak softly and carry a big stick", adotada pelo pre­sidente Theodore Roosevelt e também foi responsável pela dependência do país ao capitalismo norte-americano.
Após vários anos de subserviência aos Estados Unidos, com governos militares articulados com interes­ses imperialistas, em 1933 chegou ao poder através de um movimento popular com o apoio dos comunistas, o Dr. Ramón Grau San Martín. O novo governo revogou a Emenda Platt; formou o Ministério do Trabalho; conce­deu o direito de voto às mulheres e deu autonomia às universidades.
A oposição ao governo progressista de San Martín foi encabeçada pelo sargento Fulgêncio Batista, mais tarde eleito presidente de Cuba, representando os interesses norte­-americanos. A longa ditadura de Ba­tista foi interrompida em 1944, quan­do o Partido dos Autênticos reelegeu San Martín, e em 1948, quando Prio Socarrás tornou-se presidente, sendo deposto pelo próprio Batista.
A ditadura de Batista teve a resis­tência do Partido Ortodoxo, agremia­ção política que defendia reformas sociais e econômicas, a democracia e o nacionalismo. Um de seus mem­bros era um jovem advogado chama­do Fidel Castro que, com outros orto­doxos, estava convencido de que a democracia cubana somente seria restaurada através de uma revolu­ção. Uma primeira tentativa de derru­bada da ditadura de Batista ocorreu em 26 de julho de 1953. Desse golpe poucos sobreviveram, entre eles Fidel e seu irmão Raul Castro. Fidel Castro, condenado a 19 anos de tra­balhos forçados, permaneceu preso até 1959, quando foi anistiado e exi­lou-se no México.
Nessa época, aguçavam-se as contradições da ditadura e a burgue­sia açucareira latifundiária sentia os efeitos do alinhamento de Cuba aos Estados Unidos no contexto da guer­ra fria. Essa situação levou a burgue­sia do açúcar a se aproximar do mo­vimento dos guerrilheiros, ampliando o arco de oposição a Batista e resul­tando no Manifesto de la Sierra Maes­tra, assinado em 15 de março de 1957.
A formação da Frente Cívico-Re­volucionário Democrática, com a pre­sença da burguesia cubana que defendia um projeto nacionalista e a propriedade privada, viabilizou a luta armada contra Batista. Em janeiro de 1959, Havana foi tomada pelos revo­lucionários liderados por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, após a marcha iniciada em outubro do ano anterior.Com a queda da ditadura de Ba­tista, após uma fase reformista e moderada, os revolucionários inicia­ram a construção de uma nova socie­dade de natureza igualitária, sem propriedade, socialista, baseada na ditadura do proletariado. Para saber mais  clique aqui.

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