sábado, julho 09, 2011

OS ÚLTIMOS DESEJOS DE ALEXANDRE, O GRANDE

Alexandre, o grande é uma personalidade histórica emblemática.
Seu pai, Felipe II, após consolidar a dominação sobre os gregos, foi sucedido por seu filho Alexandre.

Há uma lenda que narra o encontro insólito entre Alexandre e o filósofo cínico Diógenes,o grande filósofo da época, considerado o maior representante da escola dos cínicos, cujos membros se caracterizavam por desprezar as coisas do mundo. Alexandre , ansioso para encontrar esse pensador excêntrico e respeitado, procurou-o no bairro em que morava. Diógenes estava tomando sol e não levou em conta a saudação de Alexandre. Mas o rei insistiu:

“Há algo que eu possa fazer por você?” - perguntou.
Sim” -  respondeu o filósofo. - “Basta que não me tires a luz”.  

Isso o impressionou. Conta-se que, mais tarde, comentou a respeito: “Se eu não fosse Alexandre, gostaria de ser Diógenes”  Diógenes acreditava numa comunidade de toda a raça humana e não em pequenos Estados separados. Inventou a palavra “COSMOPOLITA”, significando “cidadão do mundo.

Ao assumir, o trono, com apenas 18 anos, Alexandre adotou uma política expansionista. Assumindo a liderança greco-macedônica iniciou a campanha de conquista da Pérsia.   


Acerca disso comentou o historiador romano Plutarco: “Seu projeto, não era saquear a Ásia, como um assaltante, nem espoliá-la e arruiná-la (...) como mais tarde Aníbal pilhou a Itália (...) mas submeter todos a uma só forma de governo e fazer da humanidade uma só nação.”   (Plutarco. Vidas Paralelas)

Conquistou a  Síria e Fenícia. Ao conquistar o Egito, fundou no Delta do Nilo a cidade de Alexandria, que se tronou a cidade mais importante da antiguidade.  Alexandre percebeu que havia necessidade de fundar no Egito uma cidade que fosse, ao mesmo tempo, um bom porto comercial, elo de ligação entre o Ocidente e o Oriente, e um porto adequado para os seus navios. Alexandria tornou-se a primeira cidade realmente internacional, com persas e gregos, macedônios e judeus, indianos e africanos sendo atraídos pelas oportunidades oferecidas por esse movimentado porto. Como escreveu Alexander Robinson em seu  Alexandre, o Grande: “Não há dúvida de que este foi o mais importante resultado concreto da vida de Alexandre.”  Um místico egípcio disse em 331 a.C., durante a fundação de Alexandria: “Esta cidade alimentará o mundo inteiro e os homens nela nascidos estarão em toda a parte; porque deverão viajar como pássaros através do mundo”

Após várias campanhas militares conseguiu conquistar a Pérsia, proclamando-se herdeiro do trono

Depois que Alexandre venceu os Persas na planície do Isso, o grande rei Dario III, enviou-lhe a seguinte proposta: O Império seria dividido entre os dois, desde que ele cessasse a luta e voltasse à Europa.
“Eu aceitaria, se fosse Alexandre”, disse Parmênio, general macedônio. 
“Eu aceitaria, se fosse Parmênio, mas como sou eu, e como o mundo não tem dois sóis, a Ásia não pode ter dois senhores” (...)  “E futuramente, quando dirigir-se a mim, dirija-se ao senhor da Ásia: e não me escreva o que devo fazer, mas peça-me, como senhor de tudo o que você possui, o que você precisar. Ou o considerarei um ofensor. Se exige seu reino, levante-se e lute por ele, e não fuja; porque eu farei meu  caminho, onde quer que você esteja (...) Onde quer que se esconda, eu o encontrarei.”(Carta de Alexandre a Dario, 333 aC)

Alexandre, após o domínio da Pérsia, prosseguiu sua marchar para o Oriente até o vale do rio Indo. Ao retornar, morreu aos 33 anos na Babilônia.
O império de Alexandre não sobreviveu a sua morte. Acabou sendo objeto de disputas entre seus generais dividiu-se. Mas  o grande legado de Alexandre não foram suas conquistas territoriais mas sobretudo a fusão cultural que as guerras provocaram.

Consta que os 3 últimos desejos de Alexandre antes de sua morte foram:

1) Que sua urna funerária fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;

2)  Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados como prata , ouro,  e pedras preciosas ;

3) Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora da urna , à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos e ele explicou:

1)  Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que OS BENS MATERIAIS AQUI CONQUISTADOS, AQUI PERMANECEM;

3)  Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

Talvez seja por isso que ele até hoje é chamado de Alexandre, o grande!

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda estrela de brilho e encanto...jamais te percas, não te desampares, teu caminho é de pedras, mas tu o transformas, doces flores perfumadas, de anil coloridas, flores do campo na simplicidade, rosas, lírios brancos, celestes.
Volta tua face para o Criador e perceba a dignidade da sua essência, no coração mantenha a canção, nos gestos fraternos, sublimes de afago...perceba a beleza em ti e dela jamais te afastes...

Anônimo disse...

belo post... parabens