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quinta-feira, maio 13, 2010
Humano, demasiado humano....
SOU UM HOMEM , nada do que é humano me é alheio. Frase que Montaigne emprestou ao romano Terêncio. Não é fácil cultivar essa disposição: aceitar o que é humano é aceitar tudo, não apenas os aspectos solares da nossa existência. É fácil aceitar o amor, o altruísmo, a bondade. Mais difícil é aceitar o ódio, a mesquinhez, a maldade. Mas é impossível escolher. Ou somos tudo ou somos nada.
Quando Michel de Montaigne mandou gravar a conhecida frase de Terêncio na sua biblioteca, a intenção era evidente: a fundamental investigação que nos deve ocupar e preocupar é a investigação de nós sobre nós.
Muitos intelectuais perdem anos de vida a estudar a miséria da natureza humana na Rússia, na Alemanha, no Brasil quando ela existe, em quantidades generosas, dentro da nossa alma!
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