segunda-feira, setembro 28, 2009

Brasil melhora na economia, mas desigualdade persiste


O Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) é considerada a mais abrangente e detalhada pesquisa domiciliar realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil. Os dados estatísticos publicados em setembro de 2009, referentes a renda, trabalho e acesso a bens e serviços, foram coletados em setembro de 2008.

Os principais resultados positivos da Pnad são:

• Aumento do número de empregos formais e recuo do desemprego.
• Crescimento da renda média do trabalhador e dos domicílios.
• Índice de escolarização cresceu entre jovens.

Problemas que ainda precisam ser sanados:

• Distribuição de renda: a parcela 10% mais rica da população brasileira concentra 42,7% dos rendimentos do trabalho, enquanto os 10% mais pobres ficam com o 1,2% restante.
• Diferenças entre regiões do país: Centro-Oeste é a mais rica, Nordeste a mais pobre, proporcionalmente.
• A taxa de analfabetismo apenas se estabilizou: um em cada dez jovens de 18 anos ou mais não sabe ler nem escrever.
• Falta saneamento básico: um em cada quatro lares brasileiros não possui rede de esgoto.
• Acesso a internet ainda é baixo: 5,3 acessos em cada 100 mil habitantes, contra uma média de 30 acessos em países europeus

O resultado da Pnad, no geral, é favorável. Mais gente entrando no mercado de trabalho e o brasileiro ganhando mais são conquistas de boas políticas econômicas que controlaram a inflação e geraram aumento real do salário mínimo.
No entanto, entraves como taxa de analfabetismo, desigualdade social, disparidade entre regiões mais pobres e mais ricas e falta de recursos básicos, como rede de esgoto, irão exigir maior comprometimento dos governantes com políticas públicas mais efetivas e menos eleitoreiras.

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