sexta-feira, agosto 21, 2009

Cidadania...um longo caminho

Os últimos acontecimentos ocorridos no senado brasileiro suscitaram mais uma vez indignação e revolta. Parece-nos que o clamor popular pela ética na política está cada vez mais distante e que não há por parte da classe política nehuma preocupação nesse sentido. Para além de elencar nomes e partidos ocorre-me uma breve refelxão. Um dos traços marcantes é a desvalorização da política, em particular do Legislativo. A ausência de ampla organização autônoma da sociedade faz com que os interesses corporativos consigam prevalecer. A representação política não funciona para resolver os grandes problemas da maior parte da população. O papel dos legisladores reduz-se, para a maioria dos votantes, ao de intermediários de favores pessoais perante o Executivo. O eleitor vota no deputado em troca de promessas de favores pessoais; o deputado apóia o governo em troca de cargos e verbas para distribuir entre seus eleitores. Cria-se uma esquizofrenia política: os eleitores desprezam os políticos, mas continuam votando neles na esperança de benefícios pessoais. Para muitos o remédio está na reforma política. Abolir o voto obrigatório, estabelecer o voto distrital, exigir a fidelidade partidária, impedir que cidadãos que respondem a processos se candidatem estão entre os ítens que poderiam aperfeiçoar a nossa incipiente e frágil democracia. Salienta-se a isso a importância da organização e da participação da sociedade civil como instrumento eficaz no cambate á corrupção. Monitar a ação dos políticos é um bom critério de escolha. Sugiro a todos e todas que visitem o site da Transparência Brasil. Trata-se de uma organização independente e autônoma, fundada em abril de 2000 por um grupo de indivíduos e organizações não-governamentais comprometidos com o combate à corrupção.

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